Manter um extintor em boas condições é mais do que uma exigência legal, é uma questão de segurança real. Muita gente só lembra do equipamento quando precisa usá-lo, mas o ideal é que ele passe por manutenção e recarga periódica, garantindo que funcione corretamente em qualquer emergência. Entender como é o processo de recarga de extintores ajuda não só a preservar vidas, mas também o patrimônio.
Conteúdo do artigo
- 1 O que é a recarga de um extintor
- 2 Quando é necessário fazer a recarga
- 3 Tipos de extintores e diferenças na recarga
- 4 Etapas do processo de recarga
- 5 Quem pode realizar a recarga
- 6 Quanto custa recarregar um extintor
- 7 Cuidados após a recarga
- 8 Diferença entre recarga e manutenção
- 9 Importância da recarga preventiva
- 10 Dicas para escolher uma boa empresa de recarga
- 11 Recarga em extintores veiculares
- 12 A responsabilidade do usuário
- 13 Como identificar uma recarga fraudulenta
- 14 A recarga como parte da cultura de segurança
O que é a recarga de um extintor
A recarga é o processo de substituição ou reposição do agente extintor e a verificação completa dos componentes do equipamento. Ela não se resume apenas a encher o cilindro novamente, envolve testes, limpeza, troca de válvulas e certificações exigidas por normas técnicas.
Empresas especializadas em recarga de extintores, como a Hiper Fire Extintores, seguem padrões estabelecidos pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), principalmente as normas NBR 12962 e NBR 15808. Esses documentos orientam todo o processo de inspeção e recarga para garantir a segurança do usuário.

Quando é necessário fazer a recarga
Cada tipo de extintor tem um tempo de validade diferente, mas a recomendação geral é que o equipamento seja inspecionado a cada 12 meses. Mesmo sem uso, o tempo e as condições de armazenamento podem alterar a pressão interna ou deteriorar partes internas.
A recarga também deve ser feita imediatamente após o uso, mesmo que parcial. Isso porque, uma vez acionado, o lacre e o selo de garantia são rompidos, e o gás propulsor perde eficiência.
Alguns sinais de que o extintor precisa de manutenção incluem:
- Lacre rompido ou ausente
- Manômetro fora da faixa verde
- Vazamentos visíveis
- Corrosão ou ferrugem na carcaça
- Etiqueta de validade vencida
Ignorar esses sinais pode comprometer o funcionamento do equipamento em uma emergência.
Tipos de extintores e diferenças na recarga
Cada extintor utiliza um agente extintor específico, e isso influencia diretamente no processo de recarga. Os principais tipos são:
Extintor de Água Pressurizada
Usado em incêndios de classe A (materiais sólidos como papel e madeira).
Durante a recarga, o cilindro é limpo, testado e preenchido com água desmineralizada e pressurizado com nitrogênio.

Extintor de Pó Químico Seco (PQS)
Mais comum em veículos e ambientes comerciais.
Na recarga, o pó é completamente substituído, e o cilindro passa por secagem interna para evitar umidade, o que garante que o pó não empedre.
Extintor de CO₂ (Dióxido de Carbono)
Utilizado em equipamentos elétricos e líquidos inflamáveis.
A recarga é feita com cilindros específicos de CO₂ líquido, seguindo rigoroso controle de peso e pressão. Esses extintores exigem testes hidrostáticos a cada cinco anos.
Extintor de Espuma Mecânica
Usado em incêndios de classe B (líquidos inflamáveis).
Na recarga, é substituída a mistura de água e líquido espumígeno, respeitando as proporções indicadas pelo fabricante.
Cada processo deve ser realizado por empresas credenciadas pelo Inmetro, que emitem o selo de conformidade após a conclusão da recarga.
Etapas do processo de recarga
Apesar de cada tipo de extintor ter suas particularidades, há um padrão básico de etapas seguido por todas as empresas sérias:
- Recebimento e identificação do equipamento O extintor é etiquetado e registrado no sistema da empresa para controle do histórico de manutenção.
- Inspeção visual Técnicos verificam o estado geral do cilindro, válvulas, manômetro e conexões. Caso haja danos estruturais, o equipamento é reprovado.
- Esvaziamento e limpeza interna O agente antigo é removido, e o interior do cilindro é limpo e seco para eliminar resíduos.
- Teste hidrostático (quando necessário) Esse teste verifica a resistência do cilindro à pressão, evitando explosões durante o uso.
- Recarga com agente extintor adequado É a etapa principal, onde o produto é inserido conforme as especificações técnicas.
- Repressurização e vedação O extintor é pressurizado com gás (normalmente nitrogênio) até atingir a faixa correta no manômetro.
- Colocação de selo, lacre e etiqueta de inspeção A empresa coloca um novo lacre, etiqueta de validade e o selo do Inmetro, garantindo a procedência da recarga.
Esse ciclo garante que o extintor mantenha suas condições ideais até a próxima manutenção anual.

Quem pode realizar a recarga
Somente empresas certificadas pelo Inmetro estão autorizadas a realizar esse tipo de serviço. Elas precisam seguir normas rígidas, usar equipamentos calibrados e manter técnicos qualificados.
Ao entregar seu extintor, o consumidor deve sempre conferir:
- Se há o selo do Inmetro visível na fachada da empresa
- Se a etiqueta contém data da recarga, validade e número de série
- Se o lacre está intacto após o serviço
Empresas não autorizadas podem usar produtos adulterados ou pressões incorretas, o que coloca em risco o usuário.
Quanto custa recarregar um extintor
Os valores variam conforme o tipo e o tamanho do cilindro. Em média, os preços ficam na faixa de:
- Extintor de 4 kg de pó químico: entre R$ 40 e R$ 70
- Extintor de 6 kg de pó químico: entre R$ 60 e R$ 90
- Extintor de CO₂ de 6 kg: entre R$ 90 e R$ 130
- Extintor de água: entre R$ 50 e R$ 80
Esses valores podem mudar conforme a região e o tipo de empresa contratada. É importante lembrar que o barato pode sair caro quando se trata de segurança.
Cuidados após a recarga
Depois da recarga, é essencial manter o extintor armazenado corretamente. Ele deve ficar em local visível, de fácil acesso, e protegido do sol e da chuva.
Outros cuidados importantes incluem:
- Não pendurar o extintor por ganchos inadequados
- Evitar contato direto com o chão
- Fazer pequenas inspeções mensais para garantir que o lacre e o manômetro estão intactos
Essas atitudes simples aumentam a durabilidade e a confiabilidade do equipamento.
Diferença entre recarga e manutenção
Muitas pessoas confundem os dois termos, mas há uma diferença técnica importante.
A manutenção envolve inspeções periódicas e pequenos reparos, enquanto a recarga é o processo de reabastecimento completo do agente extintor.
Durante a manutenção, o técnico avalia:
- Integridade do cilindro
- Funcionamento do manômetro
- Condições das mangueiras e válvulas
- Estado do suporte e da pintura
Já a recarga é necessária quando há uso, vencimento do prazo ou perda de pressão interna.
Importância da recarga preventiva
Fazer a recarga preventiva de extintores de incêndio evita falhas durante emergências e garante que o extintor atenda à legislação. Locais como comércios, condomínios, escolas e indústrias são obrigados por lei a manter os equipamentos em conformidade com as normas do Corpo de Bombeiros.
Além de evitar multas, uma recarga em dia pode salvar vidas. Segundo dados de empresas de segurança contra incêndios, mais de 70% dos equipamentos que falham em emergências estavam com manutenção atrasada.
Dicas para escolher uma boa empresa de recarga
Para evitar fraudes e garantir qualidade no serviço, algumas dicas práticas ajudam na escolha:
- Prefira empresas com autorização do Inmetro
- Desconfie de preços muito baixos
- Peça nota fiscal e verifique a etiqueta de rastreio
- Observe se os técnicos utilizam uniformes e equipamentos de proteção
- Verifique se o ambiente possui estrutura adequada para testes e secagem dos cilindros
Empresas sérias também fornecem laudos técnicos e registros fotográficos da recarga, garantindo transparência.
Recarga em extintores veiculares
Os extintores automotivos ainda são obrigatórios para alguns tipos de veículos, como caminhões, ônibus e veículos de transporte de combustível. Mesmo que para carros de passeio o uso tenha sido desobrigado, ainda é recomendável manter um extintor no porta-malas.
A recarga nesse caso segue o mesmo padrão dos extintores prediais, respeitando a validade e os testes hidrostáticos.
A responsabilidade do usuário
Ter um extintor não significa estar protegido automaticamente. A responsabilidade de manter o equipamento em boas condições é do proprietário do imóvel ou responsável técnico da empresa.
Muitos acidentes são agravados pela falta de manutenção simples. É fundamental manter uma rotina de checagem e guardar o certificado da última recarga em local acessível.
Como identificar uma recarga fraudulenta
Infelizmente, existem empresas que falsificam lacres ou reutilizam pó químico velho. Para evitar cair nesse tipo de golpe, observe:
- Etiqueta do Inmetro com número legível
- Selo com holografia visível
- Peso do extintor compatível com o indicado na etiqueta
- Aspecto limpo e pintura uniforme
Se houver suspeita de fraude, o consumidor pode acionar a Ouvidoria do Inmetro para denúncia.
A recarga como parte da cultura de segurança
Mais do que um simples serviço, a recarga de extintores deve ser vista como parte da cultura de prevenção. Assim como o uso do cinto de segurança, esse cuidado salva vidas.
Empresas que adotam rotinas preventivas também reforçam sua imagem de responsabilidade e comprometimento com seus colaboradores e clientes.